Adventismo do Sétimo Dia

O Adventismo do Sétimo Dia

Introdução

Não podemos pensar na origem dos “sabatistas” sem recordar os conflitos entre o Apostolo Paulo e os Judaizantes. A luta entre o legalismo e o evangelho da Graça de Deus é muito antiga. Continua em tempos modernos no vigoroso programa dos adventistas do Sétimo Dia.
O sabatismo não é uma denominação igual às outras, com a única diferença o guardar o sábado. É uma seita perigosa que mistura verdades bíblicas com erros tremendos no que se refere às doutrinas cristas ou interpretações de profecias.

Origem do Adventismo

Duas das Igrejas que estaremos estudando podem traçar sua origem nos ensinos de Guilherme Miller, embora não tivesse fundado nenhuma delas. São as Testemunhas de Jeová e os Adventistas do Sétimo Dia.
a) Síntese Histórica:
No principio do século dezenove houve um desperta mento de interesse pela Segunda Vinda de Cristo entre os Cristãos. Guilherme Miller, pastor batista no Estado de Nova Iorque, dedicou-se ao estudo detalhado das escrituras proféticas. Convenceu-se de que Daniel 8:14 se referia à vinda de Cristo para “purificar o santuário”. Calculando que cada um dos 2.300 dias representava um ano, tomou como ponto de partida a carta de regresso de Esdras e seus compatriotas a Jerusalém e 457 a.C., e chegou à conclusão de que Cristo voltaria à terra em 1843. Isto foi em 1818.
b) O fracasso de Miller:
Por um quarto de século, Miller proclamou a mensagem para classes especiais os cristãos de número de diferentes Igrejas. O interesse dos crentes em relação à mensagem era crescente e o numero deles ia de cinqüenta a cem mil pessoas preparando-se para o fim do mundo. Muito crentes doaram suas lavouras, e se prepararam para receber o Senhor no dia 21 de Março e 1843. Chegou o dia e o evento esperado não aconteceu. Miller revisou os seus cálculos, descobriu um erro de um ano. Devia ser no dia 21 de Março de 1844, ao chegar essa data, nada aconteceu.
Uma vez mais um novo calculo indicou que seria no dia 22 de outubro do mesmo ano. Porem essa previsão também falhou.
c) O arrependimento de Miller:
Guilherme Miller, dando toda a prova de sua sinceridade e honradez, confessou simplesmente que se havia equivocado em seu sistema de interpretação bíblica. É preciso certa grandeza de alma, ou graça do Senhor para reconhecer abertamente seu próprio erro. Rev. Miller a teve e não mais tratou de defender a interpretação que havia proclamado por um quarto século. Porem nem todos os seus discípulos estavam dispostos a abandonar à sua mensagem. Dos muitos que o haviam seguido, três se uniram para formar uma nova Igreja, baseada numa nova interpretação da mensagem professada por Miller.

 

 


O desenvolvimento da Seita

O dia depois “da grande desilusão”, Hiram Edson um fervoroso discípulo e amigo de Miller, teve uma suposta “revelação”. Nela compreendeu que Miller não estava equivocado em relação à data, mas sim em relação ao local. Disse que Cristo havia entrado no dia anterior no santuário celestial, não no terreno, para fazer uma obra de purificação ali. Edson partilhou com outros membros de seu grupo as “boas-novas”. Outros dois grupos se uniram a essa nova revelação: um dirigido por Joseph Bates que dava ênfase a guarda do sábado e outro dirigido por Hellen G. White, que dava ênfase aos dons do Espírito.
a) As revelações de Helen White:
As revelações de Helen White tiveram muito que com a formação das doutrinas dos adventistas, e seus escritos prolíficos contribuíram grandemente para a expansão da Igreja. Ela e seu esposo disseminaram amplamente seus ensinos proféticos e doutrinários por meio de revistas e livros. Embora a Igreja adventista afirme que a Bíblia é sua autoridade doutrina, ainda crê que Deus inspirou Helen White em sua interpretação das Escrituras em seus conselhos, conforme se encontram em seus livros.
b) Obras da Sra. White:
Os adventistas do sétimos dia já usaram através dos tempos os seguintes títulos: Igreja Crista Adventista (1855); Adventista do Sétimo dia (1860); União da Vida e Advento (1864); Igreja de Deus Adventista (1866); Igrejas de Deus Jesus Cristo Adventistas (1921); Igreja Adventista Reformada; Igreja Adventista da Promessa; Igreja Adventista do Sétimo dia (Atual). Existem outros grupos como Igreja Adventista da Promessa, Igreja Adventista do Pacto, etc. porem o mais importante é a Igreja Adventista do Sétimo Dia, conhecida como Sabatista ou Sabatismo.

As Doutrinas do Adventismo

Os sabatistas misturam algumas verdades com seus abundantes erros, dai poder enganar aos que com sinceridade se lançam em busca da verdade. Normalmente, citam a Bíblia, porem sem o cuidado de examinar exegeticamente o contexto. Embora muitas de suas doutrinas sejam ortodoxas, existem outras que desviam o crente do caminho real. Convem que os membros das Igrejas Evangélicas conheçam essas doutrinas e saibam como refuta-las, tendo em vista que eles também se dedicam ao proselitismo entre as Igrejas Evangélicas. Veja (Mt 23:15).
a) A expiação incompleta:
Os Adventistas ensinam que Jesus entrou no santuário celestial no ano 1844, e agora esta cumprindo a obra de expiação. Esta doutrina à expiação incompleta e continua é uma tergiversação (subterfúgio) das Escrituras num esforço para justificar as previsões errôneas de Miller. Não duvidamos da sinceridade dos que crêem haver achado uma solução para o problema nessa “revelação” de Edson, porem ela não concorda com as Escrituras. A Bíblia ensina que Jesus penetrou no santuário celestial ao ascender ao céu e não no ano de 1844. (Hb 6:19-20; 8:1-2; 9:11-12; 23-26; 10:1-14).
b) Nossos pecados lançados sobre Satanás?
Os Adventistas ensinam que o bode emissário (ou bode para Azazel) de Lv 16:22,26; simboliza Satanás. Todas as nossas iniqüidades serão carregados pelo diabo. Segundo eles durante o milênio, Satanas, levara sobre si a culpa dos pecados que fez o povo de Deus cometer, e será confinado e esta desolada e sem habitantes. Parece fantástico que se diz evangélico aceite doutrina tão contraria ao evangelho de Jesus Cristo. Será que não se dão conta das implicações de tal ensino? Isto faria o diabo nosso co-salvador com Cristo, a expiação de nossos pecados seria realizada em parte por Cristo e em parte por Satanás. O simbolismo real desta passagem mostra Cristo levando si os nossos pecados. Veja (Jo 1:29; Is 53:6; Hb 10:18; Jo 19:30; 2 Co 5:21; Rm 8: 32.
c) O Sono da Alma:
Os Adevntistas ensinam que as almas dos justos dormem até a ressusrreição e o juízo final. Este “sono da alma” é um estado de silencio, inatividade e inteira inconsciência. Baseiam esta crença principalmente em Eclesiastes 9:5, que diz: “ Os mortos não sabem coisa nenhuma”. O contexto demonstra que o autor deste versículo esta falando sobre a relação dos mortos com a vida terrena e não sobre o estado da alma depois da morte. Leia os versículos 4 a10 desse capitulo. Provas bíblicas da consciência da alma depois da morte acham-se nas palavras de Paulo quando diz que ao deixar o corpo estaria com o Senhor. Confira em Fp 1:23,24 e 2 Co 5:1-8. Veja também em Lc 16: 19-31; 23:43. No monte da transfiguração, Moises não estava “silencioso, inativo e totalmente inconsciente” enquanto falava com Cristo. Confira em Mt 17:1-6. Veja ainda Ap 6: 9-11. Etc.
Outras crenças errôneas
Normalmente,as crenças de uma seita ou religião baseiam-se em motivos muito fortes relacionados a experiências de seus fundadores, ou livros escritos e interpretados por eles. Nesse caso, os escritos dos fundadores tornam-se regra de Fe e pratica. No Adventismo, como em outras seitas, temos verificado que os escritos de seus fundadores continuam sendo seus sustentáculos doutrinários, independentes da Bíblia.
I. A aniquilação de Satanas e dos maus:
Os Adventistas ensinam que Satanas, seus demônios, e todos os maus serão aniquilados, completamente destruídos. A Senhora White diz que a teoria do castigo eterno é “uma das doutrinas falsas que constituem o vinho das abominações da Babilonia”. Jesus Cristo usou a mesma palavra para referir-se à duração das bênçãos dos salvos e os tormentos dos perdidos em Mt 25:46. Alem disso, ele não disse aniquilação eterna, mas castigo eterno. Veja também Mc 9:43-44. Em Ap 14: 10-11, vemos que os adoradores do Anticristo serão atormentados “ e o fumo de seu tormento sobe pelos séculos dos séculos”. Isto não parece com aniquilação. Confira ainda: Ap 19:20; 20:2-7, 10-15 etc.
II. A observância obrigatória do sábado:
Os Adventistas ensinam que os cristãos devem observar o sábado como o dia de repouso, e não o Domingo. Crêem que os que guardam o Domingo aceitarão a “marca da besta”. A senhora White ensina que a observância do sábado é o selo de Deus. O selo do Anticristo será posto a isto, ou seja, a observância do Domingo. Vemos, pois, que o sábado é uma parte do pacto especial feito entre Deus a Israel (Ez 20:10-13). O próprio Moises explicou que era um memorial de sua libertação da terra do Egito. Ao repousar de seu trabalho semanal, deviam recordar como Deus lhes havia dado o repouso da dura servidão do Egito (Dt 5: 12-15).
III. O sábado foi abolido:
A palavra profética previa a chegada do Novo concerto (Jr 31:31-33) e o fim do sábado (Os 2:11), que se cumpriu em Jesus (Cl 2: 14-17). Por essa razão, o sábado não parece nos quatro preceitos de Atos 15:20-29. O texto de Cl 2: 16-17 deita por terra todas as teses dos Adventistas. Paulo parece que esta escrevendo aos Adventistas quando escreve aos Galatas e trata de livra-los dos enganos dos judaizantes que queriam faze-los guardar a lei. O livro inteiro ressalta que a salvação não é pelas as obras da lei, mas pela a Fe em Cristo Jesus. Faz menção da observância de certo dias como uma parte da escravidão da lei (Gl 4:3-11). Cristo é o fim de toda a lei (Rm 6:14; 10:4).

Conclusão :

O discutir com os Adventistas não é nenhum bom resultado. Estão preparados para discutir e convidam a discussão. Recorde-se que as discussões somente fazem que a pessoa resolva defender melhor a sua própria doutrina. É quase certo que o Adventista citara Ap 14:12 e 1 Jo 2:4, para provar que devemos guardar o sábado. Para isto devemos mostrar-lhes quais são os mandamentos de Deus no Novo Testamento. Que ele mesmo leia (1 Jo 3;23;6:29; Rm 4:5; Gl 2:16; Jo 13:34-35; 5:10; Ap 22:14.
Procure fortalecer sua fé na obra perfeita de Cristo e guia-los a um repouso perfeito nEle, fazendo-os ver que agora a pessoa pode ter a certeza da salvação.

 

Este texto não é artigo nosso.